Dengue: ações de combate ao Aedes aegypti são intensificadas em Santa Bárbara
18/11/2021 16:55 em Saúde

Com a proximidade do verão e a possibilidade de aumento das chuvas, a Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste tem intensificado as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. Durante todo o ano é realizado um trabalho ininterrupto, sendo fundamental para conter o avanço da dengue e de outras arboviroses, em virtude do aumento de focos do mosquito encontrados nesta época do ano.

As equipes da Divisão de Controle de Vetores do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) seguem com as visitas de rotina casa a casa para vistoria dos imóveis e orientação aos moradores quanto aos cuidados necessários para impedir a proliferação. Seguindo um ciclo, os agentes visitam todos os imóveis do município a cada três meses.

Em todas as vistorias realizadas pelos agentes, quando são encontrados recipientes com água e larvas, uma amostra é coletada e levada ao laboratório para identificação da espécie. O foco é eliminado e/ou tratado e é registrado o tipo e quantidade de recipientes onde as larvas foram encontradas. Neste ano, já foram encontrados pelos agentes 1.236 recipientes com larvas. Desses, 1.030 (83,3%) recipientes continham larvas de Aedes aegypti.

De acordo com a Divisão de Controle de Vetores, nos meses mais quentes, é observado um aumento na frequência de focos de mosquitos encontrados, enquanto que nos meses mais frios, observa-se uma menor frequência de focos ativos.

Segundo levantamento, nos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano, foram encontrados pelos agentes, respectivamente, 253, 248 e 209 focos de Aedes aegypti, enquanto que nos meses de julho, agosto e setembro esses números foram 16, 19 e 24 focos encontrados.

Já no último mês, em outubro, os agentes encontraram 57 focos de mosquito, o que mostra a tendência de aumento na incidência do vetor da dengue, zika e chikungunya. Estes dados reforçam a importância de seguir eliminando possíveis criadouros nos imóveis.

O monitoramento entomológico, com ovitrampas (armadilhas para ovos de mosquitos), é outra atividade realizada de forma ininterrupta. Nela, armadilhas dispostas em toda a área urbana do município são vistoriadas semanalmente. As amostras das armadilhas são verificadas em laboratório quanto à presença de ovos. Quando há ovos depositados na armadilha, ela é considerada positiva, o que significa que há mosquitos Aedes aegypti ativos naquela região.

Conforme demonstrado pelos dados de focos de mosquitos encontrados pelos agentes, há uma flutuação natural da infestação de mosquitos ao longo do ano. Esse ano o monitoramento mostrou que o período com maior probabilidade de circulação de Aedes aegypti foi entre o fim de fevereiro e início de março, quando quase metade das áreas (armadilhas) apresentava grande quantidade de ovos do mosquito. Após este pico, a circulação de mosquitos diminuiu gradativamente até o mês de agosto. E a partir de setembro, a circulação voltou a subir, segundo dados da Divisão.

Essas análises refletem uma tendência de crescimento da circulação de mosquitos, que se deve principalmente ao aumento das temperaturas e chegada das chuvas, que preenchem os recipientes - criadouros - com água, permitindo a retomada do desenvolvimento dos mosquitos.

Além das visitas de rotina, as equipes também realizam quinzenalmente visitas em Pontos Estratégicos (locais com alta probabilidade de proliferação de mosquitos, como ferros-velhos, borracharias, recicladores, floriculturas, cemitérios, entre outros) e trimestralmente em Imóveis Especiais (locais com grande circulação de pessoas, como escolas, unidades de saúde, supermercados, shoppings, centros comunitários, igrejas, entre outros).

Já as ações de nebulização são desencadeadas quando são identificados casos positivos ou concentração de casos suspeitos em uma mesma área.

Criadouros

A maioria dos focos de Aedes aegypti é encontrada em imóveis residenciais. Os focos têm sido encontrados principalmente em baldes, tambores e tonéis de armazenamento de água, pneus, vasos de planta e plantas na água. Baldes e tambores de armazenamento de água são os recipientes mais comuns onde os agentes encontram larvas de Aedes aegypti. Também é comum encontrar larvas em latas, frascos e potes e outros materiais sem uso, armazenados em local descoberto.

A expectativa, com o aumento da infestação de mosquitos, é de crescimento no número de casos de dengue e de outras arboviroses. Além disso, com as viagens de final de ano, há o risco de pessoas sendo contaminadas em outros locais e voltando para a cidade com vírus.

Orientações para a população:

- Utilizar tampas e telas para vedar baldes e tambores de armazenamento de água.

- Armazenar objetos em local coberto, ou descartar, de forma adequada, o material que não vai mais utilizar. O município dispõe de três ecopontos e do serviço de coleta de resíduos regular.

- Limpar as calhas e caixas d'água.

- Não armazenar pneus e garrafas em local descoberto.

- Não deixar plantas na água - utilizar sempre vasos com terra.

- Verificar a drenagem dos vasos de planta, para que não acumulem água.
- Não utilizar pratinhos embaixo dos vasos.

- Evitar bromélias, em centros urbanos, pois elas também servem como criadouro de Aedes aegypti.

- Usar telas nas caixas d'água.

- Limpar e fazer o tratamento adequado nas piscinas.

No caso de sintomas, a pessoa deve buscar atendimento médico e não se automedicar - já que alguns medicamentos podem agravar o quadro.

Em caso de dúvida, a pessoa pode entrar em contato com a Divisão de Controle de Vetores, vinculado à Secretaria de Saúde, de segunda a sexta-feira, das 7 às 16h30, pelo telefone (19) 3463.8099 ou ainda pelo e-mail: ccz.saude@santabarbara.sp.gov.br

Santa Bárbara d’Oeste, referência para o mundo!

O trabalho de combate ao mosquito Aedes (Stegomyia) aegypti no Município foi exibido em um documentário internacional pela KBS (emissora pública nacional da Coreia do Sul, uma das maiores redes de TV do Mundo), com produção da Gongzakso, direção de Jin Hyuk Kim.

Em maio, a equipe do documentário no Brasil, formada pela diretora Lygia Barbosa da Silva, (responsável por documentários na Netflix, National Geographic, TV Cultura, entre outros), pelo produtor e roteirista Raphael Scire e pelo diretor de fotografia Paulo Gambale | Maká, visitou Santa Bárbara d’Oeste para a captação de imagens e depoimentos sobre a prevenção à dengue, zika, chikungunya, febre amarela urbana e outras doenças, somada às ações de geração de renda por meio de cooperativas de reciclagem no Município.

O trabalho foi considerado como case de sucesso para o Mundo e será retratado como referência no documentário que também reunirá experiências de outros lugares do Planeta Terra, como Coreia do Sul e Rússia.

 

Responsável: (Imprensa)

 

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